Postmodern Jukebox é um projeto musical que se auto define vintage/jazz/pop e que possui um objetivo bem definido:
“Levamos a música pop de volta no tempo”
Então, a ideia é simples. Transformar os arranjos de músicas atuais em arranjos característicos de um determinado período da música. O resultado é fantástico e acabamos impressionados com músicas que muitas vezes não damos a mínima pelo um único e ignorante motivo: é pop.
No vídeo acima, temos a música Umbrella da cantora Rihanna com um arranjo vintage no Postmodern Jukebox.
Não tem jeito, ouvindo Postmodern Jukebox acabamos naqueles velhos dilemas:
O que é realmente música boa e o que é musica ruim?
Até que ponto definir música boa e ruim pode ser considerado um preconceito?
Fato é que muitas vezes julgamos músicas simplesmente por atender ou não nossas expectativas musicais. Podemos chamar isto de gosto, e gostar não é proibido. Eu posso gostar de música eletrônica e odiar MPB e não há problema algum nisso, pois se trata de gostos pessoais, cada um tem o seu, lembram-se? Agora tudo modifica quando ultrapasso o universo do gostar e passo para o preconceito.
Digo e repito, não há explicação musical (estrutural) alguma para determinada música ser, por si só, boa ou ruim, pois todas fazem parte de um mesmo sistema musical. É sempre a velha tônica caminhando para a velha dominante e retornando para a velha tônica.
Maps - Vintage 1970s Soul Maroon 5 Cover ft. Morgan James
É claro que existem musicas com arranjos mais elaborados, com melodias bem desenvolvidas, com estruturas complexas, com solos dificílimos. Entretanto, não dizem nada em relação a ser boa ou ruim. São apenas características de um gênero, que por sua vez, visa atender a uma determinada função.
Pra que caixas d'água um compositor de pagode faria uma música com um belíssimo arranjo harmônico, pois se o pagode é um gênero característico de festas? Gente, quem vai a uma festa de pagode escutar cadências harmônicas? Então, a estrutura de uma pagode costuma ter harmônias, melodias e letras simples e fáceis de decorar e, por outro lado, uma estrutura rítmica bem cadenciada que possibilite ao ouvinte a energia necessária para a dança, a festa, a curtição. É simplesmente uma questão de praticidade e economia.
E é isso que o projeto musical Postmodern Jukebox acaba, sem querer acredito, nos ensinando. Basta mudar o arranjo e tudo parece ser bom, sendo assim, o problema talvez não esteja na música e sim nos nossos gostos.
E você o que acha? Participe e deixe sua opinião.
We Can't Stop - 1950's Doo Wop Miley Cyrus Cover ft. Robyn Adele Anderson, The Tee - Tones
Conheça mais o projeto Postmodern Jukebox
Prof. Luiz Eduardo